Dart chega ao Brasil em um mês, com empurrão da Fiat e logo da Dodge

Em 10 de janeiro, durante o Salão de Detroit, Fiat e Chrysler afinaram o discurso das negativas: norte-americano (embora de "ascendência" italiana), o novo Dodge Dart não chegaria ao Brasil com o emblema da Fiat por ser grande demais, premium demais, tecnológico demais. Além disso, o fato de ser fabricado apenas no estado de Illinois (em Belvidere) prejudicaria a importação direta pela submarca da Chrysler, por conta do alto imposto cobrado de carros de fora do eixo Mercosul-México. Menos de três meses depois, porém, tudo mudou: o Dart chega ao Brasil em um mês, nos informaram os mesmos interlocutores.

Ainda não há definição sobre quais pacotes — versões e motorizações — são as mais adequadas ao nosso país, nem sobre possíveis rivais do modelo, que é considerado como um médio do segmento premium, do mesmo time de Mercedes-Benz Classe C, Audi A3 (que terá versão sedã em breve), Volvo S60 e companhia. Baseados em informações de jornalistas podemos apontar que o carro vem ao país agora justamente para testar as melhores configurações e para completar todo o processo de homologação.

A missão do Dart no Brasil, no entanto, já é clara: mostrar que o DNA da Fiat pode gerar um carro estiloso, tecnológico e, veja só, potente — o que de fato é o papel aplicado à boa parte dos carros do segmento premium. Quando foi lançado no Brasil, o crossover Freemont também recebeu esta tarefa, mesmo sem ter o perfil adequado: tratava-se apenas de "rebadge", uma troca de logomarcas feita sobre o Dodge Journey. O currículo do Dart é melhor: o sedã americano é construído sobre a plataforma italiana que dá origem, na Europa, ao Alfa Romeo Giulietta, ou seja, tem um típico caso de influência da Fiat num produto da americana Chrysler.

Caberá à Chrysler, claro, divulgar, vender e dar assistência ao novo modelo. A Fiat, porém, não vai abrir mão de atuar nos bastidores ressaltando as qualidades de sua cria.

Além do visual frontal semelhante, ambos podem estar intimamente envolvidos no futuro do Linea, ramo mal-sucedido da linhagem Fiat. O novo Siena, por exemplo, pode roubar os poucos compradores habituais do sedã mais caro da Fiat, sobretudo quando suas versões mais equipadas (como a Essence Dualogic com teto solar, que chega em maio) estiverem no mercado. E isso praticamente garantiria a extinção do Linea em sua forma atual. 

Quanto ao Dart, muito se especulou, antes de seu nascimento, que o carro seria o sucessor imediato do Linea nos mercados onde a Fiat atua — algo negado veementemente pela marca. Que também negou, como dito no começo desta reportagem, sobre a chegada do modelo da Chrysler ao nosso país.

Agora que a importação está assegurada, pode ser que novas "surpresas" surjam. Segundo o site Carsale, não será espanto que o Dart ganhe mesmo nova identidade e, mais além, seja fabricado no Brasil pela Fiat.

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Fonte: Uol

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