Um dos acessórios que o brasileiro exige para o seu carro novo é um jogo de tapetes. O problema é que uma boa parte deles oferece risco à dirigibilidade do veículo -podem travar o acelerador, por exemplo-, conclui estudo da Proteste (associação de defesa do consumidor).
Editoria de arte/Folhapress | |||
![]() Ao todo, 31 tapetes para carros compactos passaram por avaliações de materiais, de fixação e da forma como podem interferir nos pedais. Só o modelo genuíno do Citroën C3, o feito de tecido sintético e fixado ao assoalho por presilhas, recebeu nota máxima nesses três itens. Tapetes de borracha sem antiderrapante foram mal avaliados -custam cerca de R$ 30 no mercado e são ofertados como peça de reposição ou até como brinde na compra de sedãs sofisticados. Mas a surpresa foi a reprovação dos tapetes originais do Gol e do Uno -coincidentemente os dois carros mais vendidos do país. A Fiat alega que realiza testes confiáveis antes de avalizar o acessório e que o mesmo deve ser posicionado como indica o manual do veículo, para total segurança.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, arriscados mesmo são os tapetes genéricos, que prometem servir a vários carros. Recortá-los para melhor acomodação ao assoalho é aconselhável, até para que não interfiram nos pedais. Se surgem ondulações -aceleradas pela exposição ao sol-, é sinal de que a peça está comprometida. Para Dino Lameira, pesquisador da Proteste, o mais seguro é eliminar o tapete do lado do motorista. "Usar jornal, por exemplo, é ainda pior, pois o barulho da folha ao ser movimentada poderia assustar o condutor, além de que sua superfície lisa não dá firmeza aos pés", alerta o engenheiro. MONTADORAS GARANTEM TER TAPETES SEGUROS As montadoras afirmam que seus tapetes originais são validados por engenheiros, que testam o acessório sob rigoroso controle de qualidade e segurança. A Fiat alega que realiza testes confiáveis antes de avalizar o acessório e que o mesmo deve ser posicionado como indica o manual do veículo, para total segurança dos usuários do automóvel. A Chevrolet diz não ter como comentar a pesquisa da Proteste por desconhecer os critérios e os procedimentos adotados. A Ford afirma que, diferentemente do que aponta o relatório, seus tapetes genuínos atuais têm sistema de trava com pinos de fixação. Já a Peugeot argumenta que não reconhece 2 dos 3 modelos de tapetes testados e identificados como homologados por ela. A Volkswagen preferiu não comentar os resultados da avaliação. |
Fonte: classificados.folha